Os Orixás
Um pouco de História:
Na aurora de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza. Tementes dos perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana, perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos da natureza.
Dentro da cultura do Candomblé, o Orixá é considerado a existência de uma “vida passada na Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em forma humana. Essa teria sido uma época muito distante na qual o ser humano necessitava da presença física dos Orixás, pois o ser humano ainda se encontrava em um estágio muito primitivo, tanto materialmente como espiritualmente.
Após passarem seus ensinamento voltaram à Aruanda, mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da natureza.
O que é Orixá?
O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas.
Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.
O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.
Acreditamos que esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra.
A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, usando um vocábulo de origem Yorubana. Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza. São conhecidos em outras partes do mundo como "Ministros" ou "Devas", espíritos de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas constantemente.
O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos.
Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo".
Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça"(Pai ou Mãe de Frente) . A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás. Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que em nossa Casa denominamos de "Pai ou Mãe de costas”, e terceiro Orixá no qual chamamos de Padrinho ou Madrinha, respectivamente na sua ordem de influência.
Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio. Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico. Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida. A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original. Assim surge o Orixá protetor, desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.
Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.
Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio. A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.
Orixá de frente,Orixá de costas e Orixá de ronco(padrinho ou madrinha formam a Coroa do médium na Umbanda.
Afinidades
Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou costas.
Freqüentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras.
O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.
Orixás - Elementos Primordiais E Suas Ramificações
Orixás
| Elemento | Ramificação |
Cor
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Saudação
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Oxalá
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Ar
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Ar
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Branco
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Eya babá
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Iemanjá
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Água
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Salgada
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Azul claro
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Odocyá
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Nanã
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Água
| Chuva |
Lilás
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Saluba Nanã
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Oxum
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Água Doce
| Cachoeiras |
Amarelo ou dourado
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AYe yê-ô
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Ogum
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Fogo
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Ígneo
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Vermelho
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Ogum Yê
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Xangô
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Fogo
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Elétrico
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Marrom
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Kaô Cabecilê
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Iansã
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Fogo
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Emoções
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Laranja
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Eparrey
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Oxossi
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Terra
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Fauna
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Verde
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Oxossiê
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Obaluaiê
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Terra
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Transformação
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Roxo
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Atotô
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Os Orixás, dentro do culto Umbandista não são incorporados. O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros incorporam em seus “cavalos” e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá.Trazendo a energia e a vibração do mesmo.
Orixás cultuados na Umbanda:(nossa casa)
Oxalá, Obaluayê, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, Nanã, Oxum.
Os orixás: Exu, Obá, Ewa, Logun-edé, Iroko, Ossãe, Oxumarê, Tempo, Orumilá, Ifá e Ibeiji não formam a Tríade do Coronário dos médiuns na Umbanda.
As Sete Linhas
Para entender um pouco mais a Umbanda devemos conhecer as linhas ou vibrações. Uma linha ou vibração, eqüivale a um grande exército de espíritos que rendem obediência a um "Chefe". Este "Chefe" representa para nós um Orixá e cabe a ele uma grande missão no espaço.
Vejamos quais são as Sete Linhas da Umbanda:
1. Linha De Oxalá (almas)
2. Linha De Yemanjá/falange Oxum e Nanã
3. Linha De Xangô/falange - Iansã
4. Linha De Ogum
5. Linha De Oxossi
6. Linha De Yori (Ibeiji) erê
7. Linha De Yofá –Pretos velho e Obaluaê/Omulu
Estes nomes são sagrados e ancestrais e nomeiam os sete Orixás Maiores da Umbanda.
Estes Orixás Planetários são os sete espíritos mais elevados do planeta, e nunca encarnaram aqui.
Os Orixás Maiores não incorporam, eles têm funções de governo planetário. Cada um deles estende suas vibrações e ordenações a mais sete entidades denominadas Orixás Menores e estas, cada uma para mais sete inferiores e assim por diante.
Veja como se organiza uma linha:Linhas, Legiões e Falanges
Cada linha compõe-se de sete legiões, tendo cada legião o seu chefe. Cada legião divide-se em sete grandes falanges, que por sua vez também tem um chefe e cada falange divide-se em sete sub-falanges e assim por diante, obedecendo a um critério lógico.
Agora apresentaremos os Oguns
OGUM
O GUERREIRO CÓSMICO PACIFICADOR, O FOGO DA GLÓRIA
Os Setes Chefes de Legião da Vibração Espiritual de:
Caboclo Ogum Dilê |
representante da Vibração Espiritual
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Ogum Matinata
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intermediário para Xangô
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Ogum Rompe-Mato
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intermediário para Oxossi
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Ogum Beira-Mar
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intermediário para Iemaja
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Ogum De Megê
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intermediário para Yofá/Obaluaê/Omulu/Nanã
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Ogum de Lei/Naruê
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intermediário para Oxalá
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Ogum Yara
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intermediário para Iansã/Oxum/Nanã
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Ogum de Ronda
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intermediário para Ogum e Exu
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1 - Linha de Oxalá
Essa linha representa o princípio, o incriado, o reflexo de Deus, o verbo solar. É a luz refletida que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação. Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma "Chefia de Cabeça".
2 - Linha de Iemanjá
Essa linha é também conhecida como Povo d'Água. Iemanjá significa a energia geradora, a divina mãe do universo, o eterno feminino, a divina mãe na Umbanda. As entidades dessa linha gostam de trabalhar com água salgada ou do mar, fixando vibrações, de maneira serena. Seus pontos cantados têm um ritmo muito bonito, falando quase sempre no mar e em Orixás da dita linha.
3 - Linha de Xangõ
Xangô é o Orixá que coordena toda lei Kármica, é o dirigente das almas, o Senhor da balança universal, que afere nosso estado espiritual. Resumindo, Xangô é o Orixá da Justiça. Seus pontos cantados são sérias invocações de imagens fortes e nos levam sempre aos seus sítios vibracionais como as montanhas, pedreiras e cachoeiras.
4 - Linha de Ogum
A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques conseqüentes do karma. É a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida. É a divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros. Os Caboclos de Ogum gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces cantadas traduzem invocações para a luta da fé, demandas, batalhas, etc.
5 - Linha de Oxossi
A vibração de Oxossi significa ação envolvente ou circular dos viventes da Terra, ou seja, o caçador de almas, que atende na doutrina e na catequese. Suas entidades falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos e trabalhos. Seus pontos cantados traduzem beleza nas imagens e na música e geralmente são invocações às forças da espiritualidade e da natureza, principalmente as matas.
6 - Linha de Yori
Essas entidades, altamente evoluídas, externam pelos seus cavalos, maneiras e vozes infantis de modo sereno, às vezes um pouco vivas. Quando no plano de protetores, gostam de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos. Seus pontos cantados são melodias alegres e algumas vezes tristes, falando muito em Papai e Mamãe de céu e em mantos sagrados.
7 - Linha de Yofá
Também chamada, essa linha é composta dos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Orixás Velhos, verdadeiros magos que velando suas formas kármicas, revestem-se das roupagens de Pretos-Velhos ensinando e praticando as verdadeiras "mirongas". Eles são a doutrina, a filosofia, o mestrado da magia, em fundamentos e ensinamentos. Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo, sempre numa ação de fixação e eliminação através de sua fumaça.Encontramos nessa linha Obaulê/Omulu Orixá dono das pregas ou pestes, invocamos para pedir cura para as enfermidades, também Omulu é Sr da morte responsável pela passagem do espirito do plano material para o plano espiritual.
Seus fluídos são fortes, porque fazem questão de "pegar bem" o aparelho e o cansam muito, principalmente pela parte dos membros inferiores, conservando-o sempre curvo. Falam compassado e pensam bem no que dizem. Raríssimos os que assumem a Chefia de Cabeça, mas são os auxiliares dos outros "Guias"- o seu braço direito. Os pontos cantados nos revelam uma melodia tristonha e um rítmo mais compassado, dolente, melancólico, traduzindo verdadeiras preces de humildade.